Às 6 e 30 da manhã de hoje o céu nublado escondia a aurora. Nem dia nem noite, hora de indecisão, o céu pardacento pingou no lajedo gotinhas de vida do dia a nascer ou gotinhas de luto da noite a morrer. Pareciam lágrimas, felizes ou tristes, duma grata candura e simplicidade. Dir-se-ia que vinham ao encontro de nós mas tudo indicava que fugiam do céu. Porque o céu cinzento estava num dilema de ser noite ou dia, de abrir os olhos ou semicerrá-los e de manter as nuvens ou as mandar para longe daquele lajedo.
Veio brisa leve que brincou com as gotas, as árvores mexiam num ritmo dolente, o céu foi clareando muito de mansinho e a dança das gotas ia evoluindo quase em rodopio enquanto as mais cansadas iam pintalgando todo o lajedo.
Aquele cheiro bom de terra molhada demorou a sentir-se porque as gotas dançavam, não queriam cair ou então despediam-se da noite arredia.
Mas não tardou que a chuva parasse, contendo a dança calma e linda das gotas.
Sentiu-se aumentar a brisa, o ar refrescou...
E nasceu o dia.
Bela prosa poética. Um amanhecer brilhante.
ResponderEliminarBeijos e bom fim de semana.
Tens Mail
Obrigada, amiga. Um resto de dia brilhante para ti. Beijinhos.
EliminarUm lindo texto, Belo amanhecer.
ResponderEliminarBom dia.
Muito obrigada. Muitos beijinhos.
EliminarGostei! Bonito.
ResponderEliminarBom fds!
Bom fds, poeta. Babei por gostares. Beijinhos.
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