sábado, 15 de julho de 2017

PENSAMENTOS # 8


Ao lusco-fusco a realidade adoça.

Sem vento as ideias pairam.

De noite acende-se a luz... da calma.

A chuva lava sem espuma.

Ao romper da aurora a vida renasce.

O calor derrete as ninharias.

Põe-se o sol... tira-se o stress.

De manhã abrimos os olhos, à tarde a esperança, à noite a alma.

(na imagem um nascer de dia - Pixabay)

 

domingo, 2 de julho de 2017

Voar... Sonhar...


A Joaninha esteve sem sonhar mas não deixou de voar.
Porque voar é uma das funções da Joaninha.
Sonhar também, ou fazer com que os outros sonhem, mas várias circunstâncias impediram a Joaninha.
Andou ausente em voos pouco planados de realidades rasantes, secantes, fumegantes e incómodas.
Ter o poder de voar tem destas coisas. Nem todo o lugar é ideal para o fazer...
De volta à cidade virtual, Joaninha sofre. Mais ainda do que quando cá não estava.
Porque há cada vez mais poluição nesta cidade! E porque o voo da Joaninha é de saúde débil e ressente-se com estas coisas...
É complicado tentar sonhar sem voar...
É complicado tentar voar sem sonhos...


A Joaninha quer voltar mas a realidade incómoda atrapalha a Joaninha!
O que é que se passa com o mundo?
Que demências são estas que se tomam como normalidade?
O mundo enlouqueceu?
Ou a Joaninha deixou de o entender?



A Joaninha sabe poucas coisas. Nada que se compare com a sabedoria geral! Mas sabe, por exemplo, que os eucaliptos cheiram bem. E que se fazem remédios com eles. A avó da Joaninha usava folhas de eucalipto para perfumar a casa quando não tinha alecrim para queimar. Nem precisava queimá-las, o aroma delas era bom só assim.
A Joaninha lembra-se que cresceu debaixo de um eucalipto a jogar à macaca...
Diz-se que espalham os incêndios, propagam os monstros.
Mas esses monstros são criados por outros monstros!
A Joaninha sabe que os poderes curativos e perfumados do eucalipto não incluem a auto-combustão.
Ao contrário de toda a gente, a Joaninha sabe pouco e não tem certezas.Apenas uma só: boa madeira, bom cheiro e bom lucro não ilibam o eucalipto mas a nossa inteligência também não iliba o resto.

A Joaninha sabe que os eucaliptos não têm consciência e não ficam ofendidos mas a Joaninha também sabe que todos nós ficamos quando nos tomam por burros.