A brisa incomodava-lhe as pétalas. A terra seca fazia-lhe comichão na raiz. Queria ser azul. Mas era amarelo. As manchinhas desbotavam-lhe o grito da cor. Sentia-se pequenino naquele jardim imenso. Mas era uma flor e as flores são belas e alegres e felizes e animam o mundo!
E é bom ser um amor perfeito...
Em todo e qualquer jardim!
Até num vaso se sentiria bem, por certo...
Água! Precisava de água! A terra seca quase o matava de sede...
Veio um vento maior e levou-lhe uma pétala.
Um gato distraído passou-lhe ao lado a correr. Livra! Foi por pouco!
E se o gato o pisasse?
Ora, era só um gato, não ia morrer por isso! Talvez amachucar-se um pouco, partir alguma coisa, poderia até murchar um bocadinho...
Ai, que horror! Murchar não! Um amor perfeito não pode murchar!
O que seria de si? Ficaria imperfeito!
Mas... seria mesmo perfeito?
Que dúvida atroz e revoltante! Afinal o que é um amor perfeito? Só uma flor simples e colorida ou uma dúvida humana muito inquietante?
Ai!
O amor perfeito amarelo com manchinhas escuras teve que parar para pensar, tornar a parar e tornar a pensar, ao fim de uns momentos conseguiu concluir:
Não há perfeição no amor nem amores imperfeitos.
Adorei mesmo, bela inspiração! O amor perfeito (flor) também costuma despertar em mim algumas questões.
ResponderEliminarO amor não é um conto de fadas, mas quando se torna imperfeito deixa de ser amor.
Um fim-de-semana cheio amor, beijinho!
Obrigada, querida. Muito amor também no teu fim de semana.
ResponderEliminarBeijinhos.
Uma descrição fantástica. Adorei o texto, Parabéns
ResponderEliminarBeijo, bom fim de semana.
Oh, és sempre uma querida, muito obrigada!
ResponderEliminarBeijinhos e bom fim de semana.
Lindo o texto, bela a conclusão!
ResponderEliminarParabéns!
Beijinho e bom fds!
Às vezes penso que só escrevo maluqueiras mas sabe-me tão bem!
ResponderEliminarMuito obrigada, amigo, beijinhos e excelente fim de semana.
Concordo plenamente.
ResponderEliminarBela fotografia e excelente reflexão
Beijinhos
Maria
Obrigada, amiga.
EliminarBeijinhos.